El Bruixot

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

USOS MÉDICOS DA CANNABIS E DO THC

Há muita diferença sobre o conhecimento do uso médico da cannabis e dos cannabinóides nas distintas doenças.

Quando usada para náuseas e vômitos associados à quimioterapia contra o câncer, anorexia e caquexia no HIV/AIDS, espasmos na esclerose múltipla e lesões medulares, existe uma grande evidência que a cannabis é benéfica como medicamento. Para muitas outras indicações como a eplepsia, problemas de coordenação motora e depressão há menos dados disponíveis.

Em qualquer caso, a evidência científica para uma indicação determinada não reflete necessariamente o atual potencial terapêutico para uma enfermidade dada.

Sugeridos por um bom resultado obtido em experiências sem comprovação científica em pacientes que utilizavam as substâncias da cannabis no estado bruto, se tem levado a cabo estudos clínicos com cannabinóides isolados, o menos freqüente com preparados da mesma planta (maconha fumada, extrato de cannabis em cápsulas). O efeito contra vômitos, estimulante do apetite, relaxante, analgésico, e como tratamento para a Síndrome de Tourette têm sido descobertos desta forma.

Observações acidentais têm mostrado também outros efeitos terapêuticos.

Esta ocorrência é um estudo com pacientes portadores de Alzheimer no qual o primeiro objetivo era avaliar o efeito do estímulo de apetite provocado pelo THC, não só teve um aumento do mesmo e ganho de peso mas que se observou uma melhoria no comportamento dos estudados.

A descoberta da redução da pressão intraocular mediante a administração de THC no começo dos anos 70 foi também acidental.

Outras indicações de interesse que ainda não tem sido cientificamente investigadas, mas freqüentes na prática clínica habitual, puderam ter benefício com um tratamento com cannabis ou cannabinóides. Por este motivo têm se realizado exames nos últimos três a quatro anos perguntando àqueles que usam cannabis com fins terapêuticos, mediante entrevistas orais não protocoladas no curso de uma investigação por parte de um organismo oficial ou por uma instituição científica (a "House of Lords Select Comitte on Science and Technology" da Grã-Bretanha ou o "Institute of Medicine" de EE.UU.) sobre o potencial terapêutico da cannabis, ou bem usando exames protocolados anonimamente.

Náuseas e vômitos
O tratamento para os efeitos secundários associados a terapia contra vômitos têm sido uma das indicações terapêuticas mais documentadas, algo próximo a 40 estudos (com THC,nabilona e outros sinônimos de THC, maconha) e a maioria dos estudos se levaram a cabo nos anos 80.

O THC administrado de forma isolada de doses relativamente altas, pelo que comparativamente é mais freqüente o aparecimento de efeitos secundários.

Em um estudo o THC se mostrou menos eficaz que altas doses de metoclopramida (Plasil).

Não foram feitas avaliações que comparem o THC com os modernos antagonistas serotoninérgicos.

Quando, o dronabinol (THC sintético) tem demonstrado uma diminuição aceitável dos efeitos secundários da quimioterapia e popularmente está sendo usado em outras causas de náuseas incluindo a AIDS e a hepatite.

Anorexia e caquexia

Se tem observado uma estimulação do apetite com o efeito do THC quando se tem administrado em forma fracionada uma dose total de 5mg ao dia. Quando é necessário, a dose diária pode ser aumentada até 20 mg.

Em um estudo a longo prazo com 94 pacientes portadores de AIDS o efeito estimulante do apetite do THC continuou durante vários meses, confirmando-se os benefícios obtidos num estudo curto de 6 semanas de duração.

O THC aumentou o apetite ao dobro numa escala analógica visual em comparação com o placebo e os pacientes tinham tendência a manter o peso corporal a partir dos sete meses.

Também foram obtidos dados satisfatórios em quanto ao ganho de peso em um estudo com 15 pacientes portadores de Alzheimer que haviam se negado a comer.

Espasmos
Em um pequeno estudo clínico com delta-9-tetrahydrocannabinol, nabilona e cannabis, se observou um efeito benéfico quanto aos espamos causados pela esclerose múltipla ou lesões da medula espinhal, assim como uma melhoria da dor, a parestesia, os tremores e a ataxia, e na medicina popular há referência de melhoria do controle de esfíncteres.

Também há algumas evidências não comprovadas cientificamente de benefício da maconha nos espasmos causados por lesões cerebrais.

Enfermidades do movimento

Há alguns informes não comprovados ao redor do benefício terapêutico da cannabis na síndrome de Tourette, na distonia e a discinesia tardia.

O uso na síndrome de Tourette está atualmente começando a ser investigado nos estudos e quando muitos pacientes só mostram uma mínima melhoria, alguns conseguem uma resposta considerável ou o controle total dos sintomas.

Em pacientes com esclerose múltipla se tem observado benefício na redução da ataxia e dos tremores após a administração de THC.

Apesar de haver casos não comprovados publicados de melhoria do parkinsonismo e na enfermidade de Huntington, não se observam os dados ditos.

Sem embargo, os produtos derivados da cannabis podem ser úteis na discinesiainduzida pelo tratamento com levodopa na doença de Parkinson sem que se produza um temperamento dos sintomas principais.

Dor
Há poucos estudos clínicos sobre cannabinóides para situações de dor.

Num deles o THC por via oral produz para a dor neoplásica uma dose de 15 a 20mg, sem embargo alguns pacientes experimentaram alguns efeitos secundários intolerantes.

Num estudo, duplo cego e único, um paciente com febre mediterrânea familiar reduziu notavelmente sua necessidade de opiáceos quando era tratado com THC em comparação com o placebo.

A cannabis tem sido utilizada com êxito na medicina popular para várias situações dolorosas, como a migrânea e outros tipos de dores de cabeça, em enfermidades musculoesqueléticas, artrite, neuralgias, neuropatias e enfermidades de Crohn, entre outras.

Glaucoma

Em 1971, durante uma investigação metodológica dos efeitos sobre a saúde en usuários de maconha, se observou que a cannabis reduz a pressão intraocular.

Nos seguintes 12 anos se levaram a cabo um grande número de estudos com maconha e distintos cannabinóides naturais e sintéticos sobre os efeitos no organismo humano assim como em pacientes com glaucoma, observando-se que a maconha diminui a pressão intraocular em torno de 25-30%, chegando ocasionalmente até 50%.

Alguns cannabinóides não psicoativos, e em menor medida, alguns constituintes não cannabinóides da planta cannabis também diminuem a pressão intraocular.

Epilepsia
O uso no tratamento de epilepsia é também outra das indicações terapêuticas clássicas da cannabis, as experiências com animais têm evidenciado o efeito anti-epiléptico de alguns cannabinóides, e a atividade anti-convulsionante da fenitoína e do diazepam se vêem ampliados com o THC.

Segundo poucos casos recolhidos ao longo do século 20, mediante o uso da maconha, alguns epiléticos tem sido capazes de controlar totalmente os sintomas.

A cannabis pode ocasionalmente precipitar convulsões.

Asma
As experiências sobre os efeitos anti-asmáticos do THC ou da cannabis datam principalmente dos anos 70 e são todos estudos rigorosos.

Os efeitos de um cigarro de maconha (2% de THC) ou de THC oral (15 mg) respectivamente, correspondem aproximadamente com o benefício que se obtém com a dose terapêutica de um broncodilatador habitual (salbutamol, isoprenalina).

Dado que a inalação dos produtos da cannabis podem irritar a superfície das mucosas, deverian desenvolver-se outras alternativas de administração sistêmica junto à via oral.

Alguns pacientes experimentaram broncoconstrição após a inalação de THC.

Dependência e síndrome de abstinência

Segundo casos registrados ao longo da história e em documentos recentes, a cannabis é um bom remédio para combater a síndrome de abstinência causada pela dependência à benzodiacepinas, opiáceos e álcool. Por esta razão, alguns têm feito referência a ela como a porta de saída das drogas.

Neste sentido e segundo os benefícios observados, podem ser úteis tanto na redução dos sintomas físicos como do stress que ocorre após abandonar algum vício.

Sintomas psiquiátricos
Tem se observado uma melhoria no humor da depressão reativa em alguns estudos com THC e tem também se recolhido variados casos de benefícios com cannabinóides en outros sintomas e enfermidades psíquicas, como transtornos do sono, ansiedade, enfermidade bipolar e distimia.

Diversos autores têm expressado diferentes pontos de vista quanto às síndromes psiquiátricas e a cannabis, enquanto uns enfatizam o problema causado pela cannabis outros defendem suas possibilidades terapêuticas.

Muito possivelmente os produtos da cannabis podem ser benéficos ou perigosos, dependendo do caso particular. Tanto o médico como o paciente deveriam estar atentos e preparados para um reconhecimento sincero de ambas possibilidades.

Enfermidades autoimunes e inflamatórias
Numa série de síndromes dolorosas secundárias e processos inflamatórios (por exemplo a artrite), os produtos da cannabis podem atuar não só como analgésicos mas têm demonstrado efeito anti-inflamatório. Por exemplo, alguns pacientes que utilizam cannabis manifestam necessitar menos esteróides e outros anti-inflamatórios sem esteróides.

Além disso há alguns casos registrados de benefício em pacientes com diversos transtornos alérgicos que se tem auto-medicado com cannabis.

Ainda não está claro o mecanismo pel qual os produtos da cannabis beneficiam determinadas enfermidades autoimunes.

Miscelânea, síndromes mistas

Há uma série de informes de pacientes que manifestam efeitos benéficos em distintas situações clínicas que não se podem catalogar bem, como a síndrome de fadiga crônica, a síndrome do membro fantasma e outras.

Têm sido descritas por diferentes autores centenas de possíveis indicações
para a cannabis e o THC. Os produtos da cannabis muitas vezes mostram resultados muito bons em enfermidades com sintomas múltiplos que entram dentro do aspecto terapêutico do THC, como por exemplo, em situações dolorosas de origem inflamatória (como a artrite) ou que acompanham espasmos musculares (como espamos menstruais ou em lesões da medula espinhal) ou em enfermidades nas que coincidem náuseas e anorexia com dor, ansiedade e depressão (por exemplo na AIDS, câncer, hepatite C).




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